Entre 2018 e 2024, 248 mil jumentos foram abatidos no país, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Bahia concentra os três frigoríficos autorizados pelo Serviço de Inspeção Federal para esse tipo de atividade. Em resposta à situação, dois projetos de lei que visam proibir o abate de jumentos tramitam atualmente no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa da Bahia.
Para discutir soluções, acontece entre os dias 26 e 28 de junho, em Maceió (AL), o 3º Workshop Internacional – Jumentos do Brasil: Futuro Sustentável. O evento é promovido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) com apoio da ONG britânica The Donkey Sanctuary e marca o lançamento do relatório “Stolen Donkeys, Stolen Futures” e da campanha global Stop The Slaughter.
Especialistas alertam que a extinção do jumento nordestino, geneticamente adaptado ao semiárido, representa uma perda significativa para a biodiversidade e para as comunidades rurais. Propostas como a valorização do animal na agricultura familiar, sua preservação em liberdade ou como animal de companhia são apontadas como caminhos sustentáveis.
O Brasil também é pressionado por iniciativas internacionais. Em 2023, a União Africana aprovou uma moratória contra o abate de jumentos para exportação. Especialistas sugerem que o país adote alternativas tecnológicas como a fermentação de precisão para produção de colágeno sem uso animal, alinhando-se a práticas éticas globais.
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