sexta-feira, 1 de abril de 2022

[FOTOS ANTIGAS]: ENCHENTE DE 1981 EM SANTA CRUZ/RN COMPLETA 41 ANOS HOJE (1º DE ABRIL)

Santa Cruz, rua Dr. Pedro Medeiros (1981)

As cenas da tragédia do dia 1º de abril de 1981, que contabilizou seis mortes e 1.044 casas destruídas em Santa Cruz deixando cinco mil pessoas desabrigadas e o Rio Grande do Norte sem luz e água por cinco dias, ainda permanece na memória dos moradores do município de Campo Redondo e Santa Cruz.


Foram momentos de agonia que marcou as vidas dos cidadãos e fez heroína uma telefonista: Maria de Fátima da Silva, que fez contatos com o prefeito da época, Hildebrando Teixeira, para esvaziar a cidade antes do rompimento da barragem de Campo Redondo, distante 25 km de Santa Cruz, salvando milhares de pessoas.

Telefonista Maria de Fátima da Silva, que fez contatos com o prefeito de Santa Cruz para esvaziar a cidade antes do rompimento da barragem

Apesar de ser o dia 1 de abril, conhecido como o dia nacional da mentira, o alerta da telefonista deu resultado e carros de som anunciaram a ameaça da enchente. Os moradores deixaram para trás suas casas e foram abrigados em prédios públicos ou regiões altas da cidade. Dentro de três horas a enxurrada das águas devastaria a cidade.

A correnteza arrastou veículos em Santa Cruz.

A ponte da entrada da cidade de Campo Redondo foi arrastada pelas águas. A correnteza percorreu ainda cerca de 80 km e atingiu outros quatro municípios.

Helicóptero Hughes MD 500 da Cosern, decolando em plena rua de Santa Cruz

Com 14 torres da rede de energia da CHESF derrubados, o Rio Grande do Norte permaneceu uma semana às escuras. Em Natal, o único hospital com gerador na época era o Walfredo Gurgel. Supermercados fechavam mais cedo com medo de assaltos. Sem energia, o bombeamento para abastecimento de água também foi comprometido.


O então governador Lavoisier Maia decretou estado de calamidade pública em toda a região do Trairi e levou fotos da tragédia ao presidente da República, João Figueiredo. O ministro do Interior na época, Mário Andreazza confidenciou ao prefeito de Santa Cruz só ter visto cena igual em guerra.

Parede do açude de Santa Cruz


Com a solidariedade de todos, um grande mutirão envolveu as instituições públicas e privadas, ONGs, voluntários, igreja e as próprias vítimas. As três esferas do poder executivo esqueceram diferenças partidárias e também se uniram para reconstruir as cidades atingidas. As doações chegavam de todas as regiões do Brasil. 


Trata-se da história de uma das mais significativas cidades potiguares e o que ocorreu nunca deva ser apagado da memória!


 



 










 

Fonte: Tok de Historia

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